Geisha: o café panamenho mais desejado do mundo

Para quem percorre o mundo em busca de cafés realmente especiais, certamente já se deparou com este nome: Geisha (ou Gesha). Esta é uma variedade de café que tem conquistado cada vez mais o paladar de baristas e tem ganhado inúmeras competições internacionais. E tudo isso apenas nos últimos 10 anos. 

Com aroma floral e sabor doce e frutado, este café passou a fazer parte dos palcos mundiais após chegar ao Panamá e ganhar a competição Best of Panama, em 2004. Nesta competição, os melhores grãos panamenhos competem para conquistar o primeiro lugar em leilões virtuais especiais. Este café chegou a pontuar 94,6 na escala de 100 da SCA (Specialty Coffee Association).Desde então, o Geisha tem sido um dos cafés mais desejados e bem pagos de todo o mundo. Além disso, tem sido a estrela em competições de baristas de alto nível (como o Campeonato Mundial de Barismo, o WBC), até os dias de hoje.

A origem do Geisha

Apesar de sua fama vir do Panamá, esta variedade é originada na Etiópia, na região de Geisha. Ela só chegou em terra panamenhas após os anos 60, depois de ter passado pela Costa Rica, Quênia e Tanzânia. De acordo com alguns pesquisadores, o ex-cônsul da Etiópia levou o grão para o Quênia, por volta dos anos 30, a pedido do Diretor da Agricultura de lá. Depois, o grão seguiu para a Tanzânia e em 1953 foi para a Costa Rica.Uma das razões que fizeram o Geisha se espalhar para outras regiões foi devido sua grande resistência à ferrugem nas folhas em plantações de café. Roya, como é conhecido, é um fungo que se espalha em toda a plantação, fazendo as folhas enfraquecerem e caírem. Desta forma, as cerejas do café têm seu rendimento reduzido, podendo influenciar no desenvolvimentos dos grãos por até duas temporadas após o ataque. A variedade Geisha se mostrou mais resistente ao fungo e por esta razão acabou se popularizando nestas diversas regiões.

O mérito no cultivo

O Geisha é um café difícil de ser cultivado e este é mais um motivo que o torna ainda mais especial. Sua planta possui um sistema foliar mais fino do que a maior parte das outras variedades de café. Por esta razão, a fotossíntese é bem menos eficiente que em outras plantas, produzindo menos cerejas do que outros tipos de café.Para que a planta se desenvolva bem, é fundamental que esteja em grandes altitudes. As melhores Geishas panamenhas são plantadas em terrenos acima de 1700 metros.Outro grande diferencial para se ter uma bebida doce e complexa em sabores e aromas é o tempo para colheita. A maturação do grão precisa estar perfeita para que se tenha tudo o que se espera desta variedade na xícara. A colheita pode levar até 5 anos para acontecer. Hoje, as produções do Geisha no Panamá acontecem em Microlotes e são vendidas para mais de 25 países diferentes.

Um banquete em forma de café

Especialistas sabem o quanto é difícil encontrar grãos que possuem todas as qualidades esperadas em um mesmo café. Doçura, acidez e corpo presentes em níveis elevados é um mérito do Geisha. Na boca, é possível sentir a leveza floral do jasmim, a acidez cítrica da bergamota e a doçura de frutas como manga, pêssego e até mel.Há quem compare o prazer em degustar um Geisha com a mesma complexidade que se encontra ao provar vinhos! As notas que permanecem na boca são marcantes e delicadas ao mesmo tempo. Uma experiência única!Ficou com vontade? Saiba que provar o Geisha está cada vez mais próximo da realidade do público brasileiro. Fique de olho em nosso blog e assine nossa newsletter para receber as novidades que estamos preparando por aqui 🙂

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